
A BambuLab A1 com Combo AMS chegou ao mercado prometendo revolucionar a impressão 3D, combinando altíssima velocidade, facilidade de uso e automação em um pacote robusto. Com características avançadas, como um sistema de troca automática de filamentos (Combo AMS) e calibração totalmente automatizada, ela busca atender tanto hobbistas quanto profissionais que querem desempenho sem complicações.
Nesta review, vamos explorar todos os detalhes, desde a experiência inicial até a qualidade de impressão e manutenção.
Review Impressora 3D BambuLab A1
Unboxing e montagem

Com experiência em testar diversas impressoras 3D, posso dizer que a BambuLab A1 proporcionou o unboxing mais satisfatório que já tive. Não se trata apenas de proteção eficiente – que já é esperada em produtos desse tipo –, mas da organização impecável e da experiência de montagem.
Todos os componentes vieram bem embalados, e a montagem foi extremamente intuitiva graças à organização impecável: os parafusos estavam separados em pacotinhos identificados, e cada ponto de fixação na impressora tinha bordas coloridas indicando o parafuso correto, facilitando muito a montagem.

O manual de instruções é claro e bem detalhado, mas está disponível apenas em inglês. Isso pode ser um pequeno obstáculo para alguns usuários brasileiros, mas felizmente há vídeos explicativos no YouTube que ajudam bastante.

Mesmo gravando o processo, levei 54 minutos e 13 segundos para montar a impressora completamente. Sem a gravação, acredito que seria possível concluir a montagem em cerca de 30-40 minutos.

Entre no grupo e fique por dentro de ofertas e promoções exclusivas em primeira mão.
Qualidade de construção

A construção da BambuLab A1 é de altíssima qualidade. Sua estrutura é feita de alumínio, com algumas partes em plástico branco bem resistente, o que dá à impressora um ar premium. O acabamento lembra muito produtos de alta tecnologia, como os drones da DJI.
Outro ponto que impressiona é o sistema de movimento da mesa. Diferente de muitas impressoras que usam correias, a A1 adota trilhos metálicos, o que garante maior estabilidade, precisão e menos necessidade de ajustes frequentes. Isso faz uma grande diferença, especialmente em impressões de alta velocidade.

A mesa de impressão é do tipo PEI flexível, o que facilita muito a remoção das peças após a impressão. Além disso, o PEI proporciona excelente aderência durante o processo e deixa um acabamento premium na parte inferior das peças.

A BambuLab A1 ainda possui um display sensível ao toque IPS de 3,5 polegadas, com uma interface que achei super intuitiva e responsiva.

O layout do menu é bem organizado e lembra quase um celular, permitindo acesso fácil às principais funções, como início de impressão, calibração automática, ajustes de velocidade e configurações de manutenção.
Além disso, a tela exibe alertas importantes, como lembretes de manutenção e notificações de problemas durante a impressão, mostrando QR-Codes ocasionais caso precise que você leia algum conteúdo mais aprofundado na Wiki da Bambulab para resolver um problema por exemplo.
Como é usar a BambuLab A1?

A velocidade de impressão é, sem dúvida, o maior destaque da A1.
Ela promete até 500 mm/s, mas na prática prefiro trabalhar entre 100-200 mm/s para manter um bom equilíbrio entre qualidade, ruído e vibração. Mesmo assim, ela é muito mais rápida do que outras impressoras FDM convencionais.
A impressora oferece diferentes modos de velocidade, que podem ser ajustados diretamente no painel, sendo eles:
- Silent (50% da velocidade do arquivo)
- Normal (100% da velocidade do arquivo)
- Sport (124% da velocidade do arquivo)
- Ludicrous (166% da velocidade do arquivo)
Quanto ao nível de ruído, no modo Silent, a impressora fica em torno de 48 dB, o que é bem aceitável para uso em casa. Já nos modos mais rápidos, como o Ludicrous, o ruído aumenta bastante, mas ainda dentro do esperado para uma máquina tão veloz.
Falando da qualidade de impressão, o primeiro modelo que imprimi foi o famoso Benchy, concluído em apenas 17 minutos com excelente acabamento. Ele foi impresso usando uma velocidade altíssima que creio ser muito próximo do máximo que a impressora possa alcançar.

Claro que o filamento suportar tal velocidade é um ponto importante e nesse quesito o filamento dourado da 3D Fila não decepcionou nem um pouco, entregando muita qualidade e sendo capaz de aguentar a alta velocidade da impressora.
Também testei a impressora com PLA, PETG e ABS e em todos os casos a impressora se saiu bem, mas pessoalmente, prefiro trabalhar com o PLA, pois oferece uma excelente qualidade de impressão, não tem cheiro forte e apresenta menos problemas relacionados à temperatura ambiente, especialmente em uma impressora aberta como a A1.
No geral, a BambuLab A1 é uma impressora extremamente intuitiva, ideal tanto para quem está começando quanto para quem já tem experiência. A interface do painel é responsiva, e as opções de personalização são amplas, sem serem complicadas.
Quanto ao consumo de energia, a BambuLab A1 possui uma potência máxima de 1300 W em 220 V, o que é considerável para uma impressora 3D desse porte.
No entanto, sua alta eficiência energética compensa esse consumo, principalmente quando levamos em conta a sua velocidade superior, que é capaz de reduzir consideravelmente o tempo que a impressora fica ligada.
Mesmo em projetos mais longos, ela gasta menos energia no geral, já que imprime mais rápido que modelos convencionais. Se comparada a outras impressoras FDM de menor desempenho, a relação entre consumo e produtividade acaba sendo bastante favorável.
Já ouviu a palavra da impressão multicolorida hoje?
Um dos grandes diferenciais da BambuLab A1 é o Combo AMS, que permite impressões multicoloridas de forma automática e prática.
Com suporte para até 4 rolos de filamento simultâneos, o sistema gerencia as trocas de filamento sem que você precise intervir manualmente.

O funcionamento é simples: o AMS detecta quando uma nova cor é necessária e faz a troca automaticamente, descarregando o excesso de filamento da cor anterior em uma área específica da impressora.
Esse excesso é chamado de poop (ou cocôzinhos como apelidei carinhosamente) – pequenos resíduos de plástico descartados durante a troca para evitar contaminação de cores.

Embora o sistema de troca automática funcione muito bem, o poop pode gerar um certo desperdício de material devido à necessidade de purgar o filamento durante as trocas de cor.
Para minimizar esse desperdício e calibrar o volume de purga corretamente, é possível utilizar o modelo AMS Purge Calibration.

Esse modelo permite calibrar com precisão a quantidade exata de filamento necessária para cada troca de cor, garantindo que não haja mistura de cores e reduzindo o excesso de material descartado.
Basta escolher a placa que corresponde ao número de rolos que você está usando no AMS e imprimir. Após a impressão, você pode observar onde o teste mostra a troca completa de cor e anotar o valor correspondente para inserir na tabela de volumes de purga no BambuStudio.
Apesar de não ter testado para esse fim ainda, o AMS também é muito útil para quem trabalha com filamentos diferentes, como materiais solúveis em água para suportes, agilizando projetos complexos.
Ah, um último adendo que gostaria de comentar: Os filamentos nacionais, apesar de oferecerem boa qualidade, não possuem dimensões exatamente compatíveis com o AMS da BambuLab, já que os rolos são ligeiramente menores do que o padrão internacional.
Por conta disso, precisei imprimir um adaptador simples, disponível neste link, que garante o encaixe firme dos rolos e evita que eles caiam durante a impressão.

Esse pequeno ajuste resolveu completamente o problema e tornou o uso dos filamentos nacionais muito mais prático.
O que ela tem a mais para oferecer?
Software e Fatiador

O software de fatiamento recomendado para a BambuLab A1 é o BambuStudio, e confesso que fiquei muito impressionado.
Tendo experiência com outros fatiadores como PrusaSlicer e Cura, o BambuStudio me surpreendeu pela facilidade de uso e pela interface bem polida. Posso afirmar que ele é um dos melhores fatiadores disponíveis atualmente.
A interface é limpa e intuitiva, com várias opções avançadas, mas sem ser complicada para quem está começando. Ele se destaca por ser muito bem otimizado para a A1, oferecendo configurações automáticas que garantem uma excelente qualidade de impressão.
Infelizmente, o software é exclusivo para impressoras BambuLab, o que limita seu uso. Para minhas outras impressoras, continuo utilizando o OrcaSlicer, que possui uma interface semelhante ao BambuStudio
Além disso, a impressora se conecta via Wi-Fi, permitindo enviar arquivos remotamente, monitorar e até enviar impressões em tempo real usando seu celular. Esse tipo de conectividade é algo que faz muita diferença no dia a dia.
Facilidade de Manutenção

A manutenção da A1 é um de seus grandes pontos fortes. A própria impressora identifica problemas e orienta o usuário sobre como resolvê-los, incluindo a lubrificação do eixo Y.
Esse tipo de automação reduz drasticamente a necessidade de intervenção manual e torna a experiência muito mais tranquila.
Além de identificar problemas, a impressora também emite lembretes periódicos de manutenção, como a aplicação de graxa para manter as partes móveis funcionando suavemente.
O hotend da BambuLab A1 é outra inovação relevante, já que foi projetado para facilitar a troca. Ele é montado em um cartucho removível, o que significa que você pode substituí-lo facilmente sem desmontar a cabeça de impressão inteira.

A troca é feita em poucos passos: basta remover a capa frontal do extrusor, soltar a trava do hotend e puxá-lo para fora. Isso é especialmente útil para quem imprime com diversos tipos de filamento e precisa mudar o diâmetro do bico (nozzle) ou substituir o hotend em caso de entupimento.
No dia a dia, essa solução de troca rápida poupa muito tempo e facilita a vida de quem imprime com frequência ou precisa de alta produtividade.
Outro ponto a favor da BambuLab A1 é o suporte eficiente e a comunidade ativa ao redor da marca.

Sempre que surge uma dúvida ou problema, você pode contar com um canal oficial de suporte que responde rapidamente, além de inúmeros grupos e fóruns online com dicas valiosas. Pessoalmente, gosto muito e recomendo acompanhar o Reddit da Bambulab aqui: r/BambuLab.
Essa rede de usuários facilita muito a curva de aprendizado, especialmente para quem está começando na impressão 3D ou quer aproveitar ao máximo os recursos da impressora.

Nos testes práticos, a BambuLab A1 mostrou resultados consistentes.
Além do Benchy impresso em 17 minutos, testei modelos mais complexos com diferentes tipos de filamento, como PLA, PETG e ABS.
A qualidade foi excelente com PLA e PETG, mas tive algumas dificuldades com ABS devido ao fato de a impressora ser aberta, o que dificulta a manutenção de uma temperatura estável.
Para evitar problemas como warping, recomendo manter a mesa PEI sempre limpa e, se necessário, aplicar álcool isopropílico antes de iniciar a impressão.
Que outros modelos considerar na mesma faixa de preço?
A principal concorrente da BambuLab A1 é a Anycubic Kobra 3 Combo, que também oferece suporte a impressões multicoloridas. No entanto, existem algumas diferenças importantes:
Especificação | BambuLab A1 | Anycubic Kobra 3 Combo |
---|---|---|
Volume de Impressão | 256 x 256 x 256 mm³ | 250 x 250 x 260 mm³ |
Temperatura Máxima do Hotend | 300 °C | 260 °C |
Temperatura Máxima da Mesa | 100 °C | 110 °C |
Velocidade Máxima de Impressão | 500 mm/s | 200 mm/s |
Aceleração Máxima | 10.000 mm/s² | 3.000 mm/s² |
Materiais Compatíveis | PLA, PETG, TPU, PVA (ABS, ASA, PC, PA, PET não recomendados) | PLA, ABS, PETG, TPU |
Conectividade | Wi-Fi, Bambu-Bus | USB, cartão SD |
Consumo de Energia | 1300 W a 220 V; 350 W a 110 V | Não especificado |
Dimensões Físicas | 465 x 410 x 430 mm³ | 487 x 480 x 615 mm³ |
Peso | 8,3 kg | 14 kg |
Display | Tela sensível ao toque IPS de 3,5 polegadas (320 x 240) | Tela sensível ao toque de 4,3 polegadas |
Armazenamento | Cartão Micro SD | Cartão SD |
Recuperação de Perda de Energia | Sim | Sim |
Sensores | Câmera de monitoramento, sensor de esgotamento de filamento, odometria de filamento, sensor de emaranhamento de filamentos | Sensor de fim de filamento, nivelamento automático |
Software | Bambu Studio (compatível com SuperSlicer, PrusaSlicer e Cura) | Anycubic Slicer (baseado no Cura) |
Embora existam concorrentes fortes como a Anycubic Kobra 3 Ace Pro, a A1 ainda se destaca pela maior área de impressão, software melhor acabado, robustez do hardware e claro, pela excelente reputação da marca.
Detalhes para Nerds da BambuLab A1
Especificação | Detalhes |
---|---|
Volume de Impressão | 256 x 256 x 256 mm³ |
Temperatura Máxima do Hotend | 300 °C |
Temperatura Máxima da Mesa | 100 °C |
Velocidade Máxima de Impressão | 500 mm/s |
Aceleração Máxima | 10.000 mm/s² |
Materiais Compatíveis | PLA, PETG, TPU, PVA (ABS, ASA, PC, PA, PET não recomendados) |
Conectividade | Wi-Fi, Bambu-Bus |
Consumo de Energia | 1300 W a 220 V; 350 W a 110 V |
Dimensões Físicas | 465 x 410 x 430 mm³ |
Peso | 8,3 kg |
Display | Tela sensível ao toque IPS de 3,5 polegadas (320 x 240) |
Armazenamento | Cartão Micro SD |
Recuperação de Perda de Energia | Sim |
Sensores | Câmera de monitoramento, sensor de esgotamento de filamento, odometria de filamento, sensor de emaranhamento de filamentos |
Software | Bambu Studio (compatível com SuperSlicer, PrusaSlicer e Cura) |
O que gostamos e o que não gostamos
Pontos Positivos:
- Velocidade excepcional
- Calibração e manutenção automatizadas
- Qualidade de impressão muito alta, mesmo em altas velocidades
- Hotend de troca rápida
- Mesa PEI de alta aderência e acabamento premium
- Software BambuStudio intuitivo
Pontos Negativos:
- Incompatibilidade dos rolos nacionais com o AMS sem adaptadores
- Manual disponível apenas em inglês
- Nível de ruído elevado em velocidades máximas
Conclusão

A BambuLab A1 com Combo AMS é uma impressora 3D que combina alta velocidade, qualidade e facilidade de uso em um só pacote.
Oferecendo um dos melhores custos-benefícios do mercado, seu nível de automação e a qualidade das impressões fazem dela uma escolha inteligente para quem busca produtividade com mínima intervenção.
Devido a sua fácil utilização, ela se aproxima da experiência de usar um eletrodoméstico (como um microondas por exemplo), basta escolher o modelo, apertar o botão e esperar o resultado. É ideal tanto para iniciantes quanto para profissionais que buscam produtividade com mínima intervenção.
Se você quer uma impressora rápida, precisa e fácil de manter, a A1 é uma excelente escolha.
Agradecimentos

Gostaria de deixar um agradecimento especial à 3D Fila pela confiança e parceria durante a realização desta review. Eles gentilmente cederam vários rolos de filamento para que eu pudesse testar a BambuLab A1 em diferentes condições, o que foi essencial para avaliar a impressora em profundidade.
Se você está procurando filamentos de qualidade com ótimo custo-benefício, recomendo conferir os produtos da 3D Fila. Eles têm uma ampla variedade de opções e, com base na minha experiência, você não vai se decepcionar.
Mais uma vez, obrigado, 3D Fila, por todo o suporte nessa jornada!